sábado, 12 de março de 2011

BELEZA PURA!







O samba foi o destaque na primeira noite oficial do carnaval de Salvador,nesta quinta-feira (3). O BLOCO ALERTA GERAL levou para a avenida cerca de 6 mil pessoas com abadá, mas outras 30 mil acompanharam a passagem dele pelo Circuito Osmar, do lado de fora do cordão.




O batuque forte da percussão internacionalmente conhecida anunciava a estréia na avenida, do BLOCO OLODUM que completa 31 carnavais em 2011. Este ano, a banda tem como tema “Olodum veste letra”, numa homenagem à evolução da comunicação que vai desde a época dos papiros e tambores até às redes sociais na internet.



O bloco ILÊ AYIÊ continua com suas homenagens ao estado mineiro, com o tema “Minas Gerais – símbolo de resistência negra”. Conhecido por seu trabalho pela liberdade e levantamento da auto-estima do povo negro, o “Pérola Negra” promete entoar a sua rica sonoridade e fazer brilhar as suas cores na Avenida – o branco da paz, vermelho da alegria e preto de Omolu, que juntos formam as cores de Jitolu (referência a Mãe Hilda Jitolu).
“O Ilê presta uma homenagem a Minas Gerais, o reinodo ouro, que também formou uma grande resistência
negra, através de quilombos que lutaram pela liberdade. Pensar no negro não é só pensar em Bahia. Minas, também, originou importantes personalidades negras para história do Brasil, como Chica da Silva, Chico
Reis e Pelé”, conta Vovô do Ilê, presidente do bloco.



Com cerca de oito mil integrantes, o FILHOS DE GANDHY desfilou pelos circuitos Batatinha, no Pelourinho e Osmar, no Campo Grande, iniciando com a sua bateria no solo e depois seguindo num trio elétrico pela Rua Carlos Gomes, no Centro de Salvador.
Durante a passagem do bloco, ninguém conseguia ficar parado ao som dos tambores. Integrantes e convidados vestidos com abadas temáticos de cores fortes, que não foram escolhidas por acaso. Todas juntas formam a base do Pan-Africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae.
Manifestação típica do Carnaval baiano, os blocos de afoxé têm raízes no povo iorubá, e seus integrantes frequentam terreiros de candomblé. Essas agremiações remontam ao Brasil colonial, quando os negros escravizados se reuniam, no período das festividades, vestindo trajes de nobres africanos, para cantar e dançar as músicas de sua terra.
O maior e mais famoso grupo de afoxé da Bahia é o Filhos de Gandhy, que conta com aproximadamente 10 mil integrantes. Formado exclusivamente por homens e inspirado nos princípios de não violência de Mahatma Gandhi, o bloco usa, tradicionalmente, um turbante, roupas brancas, perfume de alfazema e colares azul e branco..

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